sexta-feira, 8 de junho de 2012

Hitler Ganhou a Guerra - Walter Graziano

Trechos do livro:


(Hitler Ganhou a Guerra, Walter Graziano - 2004)

1. NASH: A PONTA DO NOVELO

"É necessário reforçar que Nash descobre que uma sociedade maximiza seu nível de bem-estar quando cada um de seus indivíduos age em favor do seu próprio bem-estar, mas sem perder de vista também o dos demais integrantes do grupo." 

 "Lipsey e Lancaster, descobriram o denominado "Teorema do Segundo Melhor". Essa descoberta enuncia que, se uma economia, devido às restrições próprias que ocorrem no mundo real, não pode funcionar no ponto máximo de plena liberdade e concorrência perfeita para todos os seus atores, então não se sabe a priori o nível de regulação e intervenções estatais de que o país necessitará para funcionar da melhor maneira possível. Em outras palavras, o que Lipsey e Lancaster descobriram é que é possível que um país funcione melhor com uma maior quantidade de restrições e interferêias estatais do que sem elas. Ou seja, que bem poderia ser necessária uma atividade estatal muito intensa na economia para que tudo funcione melhor. O que se pensava até o momento era que, se o máximo era inalcançável porque o "mundo real" não é igual o mundo da teoria, então o ponto imediatamente melhor para um país era o da menor quantidade de restrições possíveis para o funcionamento da plena liberdade econômica. Pois bem, Lipsey e Lancaster derrubaram há mais de meio século esse preconceito."

"Como a Teoria dos Jogos, o Teorema do Segundo Melhor quase não é explicado aos economistas em universidades públicas e privadas. Mesmo quando suas implicações são enormes, geralmente o tema já é dado como aprendido em somente uma aula - em apenas uma meia hora - e passa-se a outro assunto. Fica parecendo quase uma "esquisitice" exótica inserida nos programas de ensino, uma curiosidade para a qual não se costuma dar muita importância. Erro crasso"

"Se combinássemos as descobertas de Nash, Lipsey e Lancaster, o que obteríamos é que não se pode estabelecer a certa distância, e de antemão, o que é melhor para um determinado país, mas sim que isso dependerá de uma grande quantidade de variáveis. Portanto, toda universalização de recomendações econômicas é incorreta. Não se pode dar o mesmo conselho econômico (por exemplo, privatizar, desregular ou eliminar o déficit fiscal) para todo país e em todo momento. No entanto, isso é precisamente o que se vem fazendo cadavez com mais intensidade, sobretudo desde a década de 1990, quando, ao ritmo da globalização, foram encontradas receitas que têm sido ensinadas como universais, como verdades reveladas, que todo país deve sempre aplicar."

(Em construção)